29 agosto 2009

Sempre a subir

Não, não é a qualidade exibicional da equipa encarnada, mas antes as dificuldades sentidas de jogo para jogo para levar de vencida os adversários...

Desde o jogo inaugural da época frente ao Marítimo, mais três partidas tiveram lugar: duas com o mesmo adversário, o Vorskla Poltava, a contar para a Liga Europa, e outra com o Vitória de Guimarães, para o campeonato nacional.

Depois de em encontro (demasiado) desgastante com os maritimistas, seguiu-se assim um adversário perfeito: frágil, lento, desinspirado. Os ucranianos saíram da Luz com 4 golos sem resposta, num resultado que não espelhou no entanto uma exibição do Benfica de "rolo compressor"... O Benfica também entrou lento, mais lento que o que nos vinha acostumando, e só fruto da inspiração de alguns dos seus melhores intérpretes, conseguiu construir um resultado dilatado.

Mas o pior estava para vir... deslocação a Guimarães, adversário e terreno sempre difíceis para qualquer equipa... desta vem sem direito a homenagem ao malogrado Miklos Feher.

A equipa encarnada voltou a entrar em campo apática e por pouco não foi surpreendida pelos vimaranenses nos primeiros minutos da partida... Só com um grande esforço e com uma atitude digna de louvor foi possível chegar à vitória praticamente no último minuto do desafio, isto após mais alguns sobressaltos defensivos e após mais uma grande penalidade desperdiçada por Cardozo.

Na última 5ª feira, subiu ao relvado para a 2ª mão da eliminatória com o Poltava uma equipa B (mas não muito) do emblema da águia... alguns estreantes na equipa, David Luiz de novo à esquerda (e pouco feliz) e um novo velho lateral direito que não havia deixado saudades, ele mesmo, Luís Filipe, um dos jogadores mais desastrados a envergar o equipamento encarnado.
Mesmo assim, esta equipa B tinha obrigação de fazer mais. O jogo terminou com uma derrota por 2-1 perante este modesto adversário. O mais preocupante, o facto de mais uma vez, a equipa não ter correspondido, quer em termos de qualidade, quer em termos de entrega ao jogo.

Pode-se dizer que o resultado era irrelevante, que a eliminatória estava ganha, que estavam demasiados suplentes em campo... mas a questão é: teria o FCP, nas mesmas circunstâncias, perdido este encontro?

Está claro que, se o Benfica quer ir mais além esta época, disputando o título nacional e restantes competições em que está envolvido, há ainda muitas coisas a melhorar. Para começar dois aspectos fundamentais:

1) Todos os jogos devem ser encarados como finais, em que apenas um resultado é admissível - a vitória! Para empolgar a equipa, os adeptos, os jogadores, e criar uma verdadeira dinâmica de vitória não pode haver tropeções como este.

2) O Benfica está melhor, joga um futebol mais bonito e eficaz, mas terá que reaprender outra forma de jogar a utilizar frente às equipas ditas pequenas. Um modelo de jogo que permita inventar espaços que não existem e que permita voltar a ver as combinações ofensivas que deslumbraram durante a pré-época.

A verdade é que, de jogo para jogo, se tem notado uma quebra da equipa, quer ao nível da pressão defensiva sobre os seus adversários, quer no capítulo das movimentações ofensivas e entendimento colectivo... Poderá ser um sinal de cansaço, mas a época é demasiado longa para a equipa começar a padecer deste mal... logo à segunda jornada.

Segunda-feira, espera-se que sejam visíveis os resultados do descanso concedido a algumas das pedras fundamentais da equipa.

Saudações cativas.

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