10 novembro 2009

Do céu ao inferno - Destino final: Inferno da Luz

Este post inicialmente teve a intenção de saudar a grande vitória por 6-1 com o Nacional!...

Ou para questionar como se sentiriam os jogadores do Everton após o massacre total que conduziu a um resultado inédito de 5 golos sem resposta...

O seu título esteve para ser "O rei das assistências" ou ainda "O Lateral Esquerdo da Selecção", em homenagem às brilhantes actuações do jovem Fábio Coentrão nestas duas partidas, especialmente na sua forçada (ou será iluminada?) adaptação à posição de lateral esquerdo...

Por falta de tempo, nada disto foi dito ou escrito e entretanto chegou o jogo mais tenso da temporada até ao momento: a deslocação a Braga para defrontar o co-líder e talvez o mais temível adversário do Benfica neste momento: o SC Braga de Domingos Paciência...

Aqui o Benfica não mostrou o "gás" que trazia das partidas anteriores e acabou por amedrontar-se perante a possibilidade de falhar. E quando se entra em campo a pensar no medo que se tem de falhar, é inevitável: falha-se! Os encarnados entraram mal no jogo e deixaram os bracarenses adiantarem-se no marcador.

Entre algumas jogadas mais questionáveis no que respeita ao julgamento do árbitro (benefício da dúvida de todo o modo para Jorge Sousa) e confusões à entrada e no túnel de acesso aos balneários, a equipa encarnada (a de Lisboa) lá reagiu, não escapando no entanto à primeira derrota da época, embora um tanto ou quanto injusta.

Logo apareceram os "chacais" da imprensa desportiva e não só, que ainda alguns dias antes colocavam o Benfica num pedestal intocável, a vaticinar o fim da campanha vitoriosa, o desastre eminente, o barco à deriva, a descida ao Inferno depois de se ter conhecido o céu!

Felizmente, nem o equipa encarnada é tão intocável como por vezes é apresentada na imprensa, nem é tão má como faziam parecer as manchetes do dia seguinte ao jogo em Braga!... E com serenidade, deslocou-se a Liverpool, onde arrancou mais 3 pontos para a Liga Europa em nova vitória frente aos "blues". Vitória tranquila, em exibição personalizada e nada ansiosa, tendo em conta o recente desaire.

E já ninguém se lembra do Braga (que por acaso até perdeu nesta jornada com o seu arqui-rival minhoto, o Vitória de Guimarães)... especialmente depois do minuto 89 do jogo com a Naval (que se comportou com dignidade não recorrendo ao anti-jogo!): depois de torpedear os postes, a barra, os corpos dos jogadores da Figueira da Foz, as mãos do guarda-redes, Javi Garcia conseguiu finalmente empurrar a bola para as redes contrárias!

E desta vez, o inferno já era outro: o inferno da Luz!... a celebrar a conquista de tantos pontos nesta jornada!