15 fevereiro 2008

Acordai!...

É o nome de uma peça coral do grande maestro e compositor português, natural de Tomar, Fernando Lopes Graça...

E é o que apetece gritar para este Benfica!

Ao longo dos últimos anos, começa a tornar-se difícil escolher em qual deles a equipa praticou um pior futebol... é que ano após ano, o nível médio exibicional tende a ser muito muito pobre.

Depois do susto do fim de semana com o Paços de Ferreira, silenciado com duas grandes penalidades a fuzilarem a baliza adversária ontem foi dia de outro jogo, outra taça, desta vez a UEFA, espécie de 2ª divisão dos clubes europeus.

E se houvesse efectivamente um campeonato da 2ª divisão da Europa, o adversário do Benfica de ontem, o Nuremberga, certamente estaria na luta pela não despromoção... o que pensando bem, tem que deixar os benfiquistas apreensivos ao colocarem a questão: e nós, em que lugar estaríamos?... Resposta: Certamente não muito melhor...

O encontro de ontem foi mais uma vez confrangedor, com três exibições muito fraquinhas: 3 equipas em campo, 3 fracos desempenhos.

A equipa de arbitragem, apesar de ter evitado erros graves, teve uma actuação confusa e "trapalhona"... ficaram cartões por mostrar, muitos lançamentos e faltas marcados "ao contrário", etc., etc.

O Nuremberga fez o que qualquer equipa inteligente tem que fazer para matar o jogo do Benfica: basta apertar as marcações e limitar os espaços. Mais que isso, pouco se viu de futebol destes homens.

O Benfica, manietado pela marcação dos alemães, não passou se uma equipa medíocre, sem iniciativa e sem soluções. Foi triste ver a dupla de centrais a trocar a bola entre si com os restantes 8 jogadores de campo completamente estáticos... e como os alemães não deixavam nenhum benfiquista sem marcação, restava uma solução aos pobres Luisão e Katsouranis, uma solução que no futebol que se quer de nível europeu, está longe de ser satisfatória: chutar a bola para a frente.

Mas como o Benfica defensivamente não parece capaz de aplicar o mesmo veneno nos seus adversários, dá até ideia de que os homens não treinam... o que acontece é que treinam, mas uns com os outros: os atacantes nos treinos não têm problemas face a um bloco defensivo macio, mas em situação de jogo real, são completamente "secos" pela atitude defensiva dos adversários...

Mais uma vez para reflectir, o facto do homem mais esclarecido, com mais iniciativa, mais criativo e surpreendentemente (ou talvez não) o mais rápido sobre a bola ser mais uma vez um veterano de 35 anos, chamado... Rui Costa.

Menções honrosas ainda para a dupla Quim e Luisão com uma grande dose de responsabilidade pelo facto do Benfica ter conseguido segurar a magra vantagem concedida pelos alemães... concedida porque o (bom) remate de Makukula, mesmo tendo origem numa (boa) jogada individual de Rui Costa resulta de um falhanço como também já não se usa (pelo menos a este nível de competições europeias) do guarda redes alemão.

Salvou-se mesmo o resultado e a perspectiva em aberto de seguir em frente na prova (até onde, mantendo este pobre nível exibicional, eis a questã0).

De 0 a 10, a classificação da exibição não recolhe mais do que um 3...

Saudações cativas.

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