10 novembro 2009

Do céu ao inferno - Destino final: Inferno da Luz

Este post inicialmente teve a intenção de saudar a grande vitória por 6-1 com o Nacional!...

Ou para questionar como se sentiriam os jogadores do Everton após o massacre total que conduziu a um resultado inédito de 5 golos sem resposta...

O seu título esteve para ser "O rei das assistências" ou ainda "O Lateral Esquerdo da Selecção", em homenagem às brilhantes actuações do jovem Fábio Coentrão nestas duas partidas, especialmente na sua forçada (ou será iluminada?) adaptação à posição de lateral esquerdo...

Por falta de tempo, nada disto foi dito ou escrito e entretanto chegou o jogo mais tenso da temporada até ao momento: a deslocação a Braga para defrontar o co-líder e talvez o mais temível adversário do Benfica neste momento: o SC Braga de Domingos Paciência...

Aqui o Benfica não mostrou o "gás" que trazia das partidas anteriores e acabou por amedrontar-se perante a possibilidade de falhar. E quando se entra em campo a pensar no medo que se tem de falhar, é inevitável: falha-se! Os encarnados entraram mal no jogo e deixaram os bracarenses adiantarem-se no marcador.

Entre algumas jogadas mais questionáveis no que respeita ao julgamento do árbitro (benefício da dúvida de todo o modo para Jorge Sousa) e confusões à entrada e no túnel de acesso aos balneários, a equipa encarnada (a de Lisboa) lá reagiu, não escapando no entanto à primeira derrota da época, embora um tanto ou quanto injusta.

Logo apareceram os "chacais" da imprensa desportiva e não só, que ainda alguns dias antes colocavam o Benfica num pedestal intocável, a vaticinar o fim da campanha vitoriosa, o desastre eminente, o barco à deriva, a descida ao Inferno depois de se ter conhecido o céu!

Felizmente, nem o equipa encarnada é tão intocável como por vezes é apresentada na imprensa, nem é tão má como faziam parecer as manchetes do dia seguinte ao jogo em Braga!... E com serenidade, deslocou-se a Liverpool, onde arrancou mais 3 pontos para a Liga Europa em nova vitória frente aos "blues". Vitória tranquila, em exibição personalizada e nada ansiosa, tendo em conta o recente desaire.

E já ninguém se lembra do Braga (que por acaso até perdeu nesta jornada com o seu arqui-rival minhoto, o Vitória de Guimarães)... especialmente depois do minuto 89 do jogo com a Naval (que se comportou com dignidade não recorrendo ao anti-jogo!): depois de torpedear os postes, a barra, os corpos dos jogadores da Figueira da Foz, as mãos do guarda-redes, Javi Garcia conseguiu finalmente empurrar a bola para as redes contrárias!

E desta vez, o inferno já era outro: o inferno da Luz!... a celebrar a conquista de tantos pontos nesta jornada!

25 outubro 2009

Obrigado Jesus!



Quem acompanha este blog sabe que nunca estive em total sintonia com a escolha de Jorge Jesus para o cargo de treinador do Benfica, não acho que tenha o perfil e sempre tive dúvidas acerca da sua capacidade de impor as suas regras com estrelas que são mesmo estrelas.

Acerca do primeiro ponto, continuo a achar que, apesar do enorme esforço que ele tem feito, este não é o perfil para um treinador de topo.

Acerca do segundo ponto, começo a achar que o homem esteja a ter algum sucesso nessa gestão do grupo de trabalho, e como o que interessa é... a atitude (para mim os resultados são uma consequência), vejo neste arranque de época um Benfica como nunca vi nos meus 32 anos de vida, mais do que correr e dar o litro, eu vejo esta gente com vontade de ganhar e por pouco perfil que o Jesus tenha isso já ninguém lhe tira, o mérito de colocar na cabeça daquela gente que eles podem e devem entrar em cada jogo para ganhar e por muitos. Por isso deixo aqui o meu muito obrigado a Jorge Jesus... pronto já disse.

Quero também dar o mérito aos jogadores por terem entendido que esta é uma oportunidade única para brilharem bem alto, e aos dirigentes por terem proporcionado um plantel e um estrutura estável para que os jogadores e treinadores trabalhem à vontade, até lhes perdoo inclusive a contratação do César Peixoto, vejam lá o quão agradecido eu estou.

Saudações Cativas

08 outubro 2009

...E o sorriso da vitória!

Uma entrada fulgurante, 3 golos que desarmaram a equipa do Paços e que permitiram ao Benfica respirar!

Depois do jogo tremido de 5ª feira era muito importante perceber como iria a equipa reagir. Com uma óptima resposta anímica e conscientes de que não podia haver deslizes neste jogo, os encarnados entraram "a matar"!

Para mais, sabiam que não contavam com algumas peças base do onze titular, para além de ser mais do que provável que as pernas não aguentassem para lá dos 60 minutos de jogo.

Por tudo isto, foi ainda mais relevante a forma como o Benfica entrou no jogo, transformando o que poderia ser um calvário em busca dos 3 pontos num jogo bem controlado, para não deixar o (ainda!) 100% vitorioso Sp. Braga fugir na tabela classificativa.

Uma palavra de apreço para o Paços de Ferreira, que não baixou os braços, lutou, criou oportunidades (muito bem esteve também Quim!) e que acabou por marcar o seu tento de honra!

Em suma, a gestão do esforço foi exemplar... a par provavelmente de uma excelente gestão da motivação e da força subconsciente dos jogadores!...

Eventualmente, Jorge Jesus terá mesmo sido brilhante!?!...

Saudações cativas.

03 outubro 2009

Benfica meu eterno amor



Sem mais palavras...

Nota: Enviado pelo nosso leitor Nuno Catarino, muito obrigado

O sabor amargo da derrota

E depois de 6 jogos vitoriosos, o Benfica redescobriu o sabor amargo da derrota.

Foi no jogo a contar para a Liga Europa, em Atenas, frente ao AEK.

Para alguns dos mais cépticos, nos quais me incluo, será mais um sinal que não há "passeios no parque" e que os resultados recentemente alcançados (veja-se os 5-0 no fim de semana passado perante a equipa sensação da época passada, o Leixões) não são ainda prova de solidez e consistência da equipa. A verdade é que a equipa encarnada, apesar de ter novas ideias e de as conseguir colocar em campo, estará ainda longe de uma dinâmica imperturbável de uma equipa que só sabe ganhar.

Outro equívoco deste início de época (da imprensa, de alguns adeptos, mas fundamentalmente do técnico Jorge Jesus) parece ser desde já o do jogador que "não sabe jogar mal".
Contratado ao Sp. Braga, após acesa polémica, César Peixoto não só já provou que "sabe jogar mal", com também tem demonstrado de modo sistemático exibições bastante fracas.

Admitindo que se trata de um jogador com alguma técnica, está à vista a falta de rapidez (imperdoável para um lateral) e por vezes, uma sensação de que está alheado do jogo, falhando passes fáceis, entregando a bola ao adversário e descompensando o sector defensivo encarnado... pobres David Luiz e Luisão que se vêem depois a braços com a carga de artilharia rival, só porque a mesma não foi evitada em tempo útil, quando seria tão mais fácil.

No jogo em Atenas, rubricou mais uma exibição pálida... desta vez parecida com a da equipa do Benfica. Pode-se dizer que foi antes uma exibição descolorida, dado que ainda assim, os encarnados conseguiram criar uma mão cheia de oportunidades apenas salvas pela magnífica exibição do guardião do AEK. E já se sabe, quando uma bola entra, tudo muda: os níveis de ansiedade diminuem, a confiança e a clarividência aumentam. Infelizmente para o Benfica, desta feita, tal não sucedeu.

O maior pecado do Benfica neste jogo foi precisamente o não saber dar a volta por cima, e o seu maior desafio será o de aprender a viver com um resultado negativo, sem que o mesmo afecte o seu desempenho exibicional, possibilitando as reviravoltas.

É claro que qualquer Benfiquista ferve por dentro ao acompanhar o jogo comentado pelos inqualificados comentadores da SIC. Parecia um cenário de horror...
As expressões "este Benfica não é aquele a que estamos habituados" e "O Benfica está a passar completamente ao lado do jogo" ouviram-se para cima de uma dezena de vezes. Curiosamente, qualquer remate ou ocasião de golo dos encarnados era comentada com tal desinteresse que no final, quando vemos o resumo até nos interrogamos... tantos remates do Benfica?
Não, este não foi o pior jogo do Benfica do século, e seria óptimo que o registo dos jornalistas e comentadores fosse diferente... que os mesmos adoptassem uma postura mais séria.

Outro dado curioso no jogo foi o comportamento de Jorge Jesus... Quem o viu esbracejar furiosamente junto à linha lateral espicaçando os seus jogadores no jogo com o Vitória de Setúbal, quando o resultado já estava em 6 ou 7 a zero, estranhará a aparente passividade que assumiu nos últimos 15 minutos do jogo em Atenas, em que se limitou a ser um mero espectador.

Os adeptos fervorosos de JJ poderão dizer que é uma questão de estratégia: o jogo com o AEK não era de vida ou de morte e por isso Jesus deixou a equipa afundar-se para os jogadores entenderem que não os espera um mar de facilidades. Para além disso, terá mais um argumento de motivação para o jogo da próxima 2ª feira, frente ao Paços de Ferreira... quando entrar em campo uma equipa desfalcada de alguns jogadores de maior influência (Maxi, Aimar e Di Maria, ao serviço das respectivas selecções), os jogadores do Benfica saberão que não podem fazer dois resultados negativos seguidos... e transcender-se-ão para chegar à vitória.

E para Jesus, uma vitória frente ao Paços valerá mais do que uma frente ao AEK, pelo menos nesta fase da época.

Se esta "teoria da conspiração" estiver na cabeça de Jorge Jesus, então só um adjectivo assenta ao treinador encarnado: brilhante! Se não, descobrimos que afinal é um homem que às vezes também se cansa de gritar para dentro das quatro linhas.

Saudações cativas.

24 setembro 2009

Vida difícil nos 100 dias de Jesus

Já passaram 100 dias desde que Jesus chegou à Luz.

Desde esse primeiro dia reiterou muita confiança, atitude e a promessa de que os jogadores do Benfica esta época jogariam pelo menos o dobro do que no passado recente.

Após 100 dias aos comandos da máquina encarnada, já será possível fazer um primeiro balanço face às expectativas.

Se é verdade que há que dar créditos (também) ao técnico pelo facto da equipa do Benfica ser agora muito mais equipa, pelo arranque da temporada em termos de resultados se encontrar ao melhor nível das últimas épocas (apenas uma derrota em 8 jogos disputados, num encontro que já não contava, na Ucrânia) e pelos sucessivos recordes de público a seguir o onze encarnado, também há que dizer que a vida não tem sido fácil.

Entre resultados e exibições tranquilas e de grande qualidade (a última das quais frente ao Bate Borisov na semana passada), têm surgido também outras menos conseguidas e algumas vitórias arrancadas a ferros - veja-se o caso do jogo com o Vitória de Guimarães e o da última jornada, frente ao União de Leiria.

Nesta partida, por uma infelicidade do grande central que é David Luiz, complicou-se o que parecia fácil. Teve que vir ao de cima a garra e determinação, sobrepondo-se à qualidade de jogo, pondo à prova a serenidade dos adeptos.

Uma coisa é certa, o respeito e a admiração pública pelo trabalho desenvolvido pela equipa e respectivos responsáveis técnicos fazem com que os adversários joguem agora de modo menos atrevido quando defrontam os encarnados.

Ao longo da época, com a desejada consolidação do regresso do Benfica ao mais alto nível, quer em termos domésticos, quer em termos internacionais, seguramente as dificuldades serão também crescentes e os desafios serão cada vez mais exigentes.

Por enquanto, subsiste uma pedra no sapato, constituída pelo binómio SCBraga / Domingos Paciência que continua a liderar com eficácia de 100% o campeonato nacional.

Resta esperar que a equipa continue a crescer a um ritmo superior ao das adversidades com as quais se vai deparar ao longo do caminho!...

Para que daqui a 100 dias, Jesus possa, como quer, dedicar o 1º lugar do liga aos adeptos!... e especialmente para que o possa fazer no final da temporada!... Que vai ser longa, difícil e que, mais uma vez, vai obrigar os adeptos a sofrer... como deve ser, para que as conquistas no final sejam adequadamente valorizadas!

Saudações cativas.

PS - Infelizes árbitros assistentes suplementares (uma invenção pouco ortodoxa da UEFA, nos jogos da Liga Europa, esta época). 90 minutos parados, ao lado das balizas... Será que, estando literalmente ao lado do jogo, conseguirão ter um papel útil quando surgir o momento de finalmente intervirem? E quando chegar o Inverno rigoroso, assolando o continente europeu, estará prevista alguma equipa médica suplementar para recuperar os pobres juízes hipotérmicos no final dos desafios?... Tudo pela verdade desportiva! (Cartão Azul! Cartão Azul!).

22 setembro 2009

Um plantel para ganhar - Os reforços a sério


    Mais um ano e mais uma reformulação de grande parte do plantel. Começa a ser hábito iniciar mais uma época com novo treinador e com uma boa parte da equipa nova. Mais 25 Milhões investidos e mais uma pre-época que nos dizia que este ano é que era (processo de sportinguização avançado).


   A grande diferença este ano foi o critério utilizado na contratação dos jogadores, a maioria dos jogadores foi contratada para titular (com as excepções já referidas noutro post) e isso faz toda a diferença, uma coisa é contratar um Ramires outra é contratar um Balboa.

   Vamos então analisar os restantes reforços:

   - Shaffer, há muito tempo que não vejo um jogador cruzar tão bem, é um bom jogador, com alguma aptência ofensiva que às vezes é apanhado longe da sua zona de acção defensiva. O Jesus não gosta muito dele, mas acho que estamos perante um jogador que precisa de tempo para se adaptar, relembro que é comum no Benfica não se dar tempo ao jogadores, vamos tentar não cometer o mesmo erro com este jovem;

   - Javi Garcia, foi geral a desconfiança pelo valor pago por este jovem produto da Cantera Madrilena, mas rapidamente o Javi dissipou todas essas dúvidas, é um jogador extraordinário, uma capacidade defensiva fora do comum, força e resistência sem no entanto ser violento. É um tipo de jogador fundamental em qualquer equipa, garante uma estrutura defensiva no meio campo que liberta os criativos para outras funções. Acho-o o reforço mais importante da época, até porque desde o Petit que não tinhamos um jogador com esta qualidade defensiva no meio campo e isso reflectia-se na qualidade de jogo;

   - Ramires, não engana, é jogador e vai ser de uma utilidade extrema neste plantel, é um jogador discreto, de processos simples, mas que não sabe jogar mal, corre kilometros e é um jogador perfeito para o equilobrio do meio campo, onde temos 2 jogadores mais criativos como o Aimar e o Di Maria. Foi caro, mas não vai sair daqui barato, ainda por cima a jogar com regularidade na Selecção do Brasil;

   - Fábio Coentrão, tivemos um jogador com o mesmo nome a jogar com a camisola do Benfica, mas não era metade do jogador que este é. Acho que estamos perante um Coentrão mentalizado que pode ter sucesso e disposto a correr e a jogar com garra para lá chegar. Está muito mais calmo, menos individualista sem no entanto perder aquela capacidade incrivel de partir para cima dos adversários. O Fábio Coentrão é, para mim, o melhor jogador jovem do futebolportuguês, é o único (a par do Varela) que via a jogar, de caras na selecção nacional;

  - Felipe Menezes, jogador contratado para ser alternativa a Aimar (se isso for possível), confesso que conheço muito pouco do jogador, traz boas referências, é jovem, e o pouco que vi jogar deu boas indicações, vamos ver como evolui;

   - Keirrison, se o Benfica tivesse pago 15M por este jogador já estávamos todos desesperados com o investimento, mas não fomos nós que pagámos, pelo que temos tempo. Do que conhecia do jogador no Brasil, estamos perante um craque, mas vamos ver como decorre a adaptação à Europa, não sei se o Benfica será o clube ideal, mas como o Cardozo está para ficar, não terá tanta pressão em cima. Acho que principal problema tem sido a capacidade de se adaptar à velocidadecom que os defesas lhe caem em cima, vai melhorar;

   - Saviola, é o nome mais forte das contratações, é um jogador fantástico, e com uma capacidade que já demonstrou em alguns jogos. Temos de perceber que vai passar jogos menos bons pois o ritmo é mais reduzido, em virtude de ter passados os últimos anos sem jogar, se o percurso for superior ao do Aimar, como aparenta, vamos ter aqui um reforço de peso. Outra das grandes vantagens destas contratações prende-se com a experiência internacional que traz à equipa e o destaque que vamos tendo no estrangeiro em virtude de cá estarem algumas estrelas internacionais.

   Uma última nota para o Di Maria, um pouco à imagem do Fabio Coentrão, temos um jogador novo, um grande reforço que nos vai ajudar finalmente a esquecer o Simão.

17 setembro 2009

Lisboa, Tejo e Tudo!

Uma espécie de regresso ao passado, em todos os sentidos.

As cores, os cheiros e sons do Restelo transportam-nos para outros tempos.

Assistir no estádio do "Futebol Clube Os Belenenses" a um encontro de futebol é muito mais do que isso mesmo.

É regressar a um futebol de paixão, feito festa de família a cada Domingo. É entrar por acessos que já não se usam (pelo menos comparativamente com os dos modernos e funcionais estádios pós Euro 2004), ver os ingressos serem vendidos em "barraquinhas" tipo feira, as pessoas tranquilas ao tomarem o seu lugar: ali, bem perto do relvado, o que provoca a ilusão dos jogadores se tratarem de gigantes.



Ocupado o respectivo lugar, é passar os olhos pelo Tejo, pelos Jerónimos e pelas embarcações que passam mansamente sobre as águas calmas... e o ambiente é de tal modo que o futebol parece já ser acessório.

Esquecemo-nos dos negócios menos claros, dos dirigentes de seriedade duvidosa, das guerras dos direitos televisivos e das jogadas de bastidores.

Fica só o prazer de estar ali, também para ver futebol!

O Benfica agarrou-se a este regresso ao passado, em busca do seu futuro. Repentinamente, já não eram Saviola, Cardozo, Ramires e Javi Garcia que estavam em campo mas sim Eusébio, Coluna, José Augusto, o "bom gigante" José Torres e demais heróis da equipa que tudo ganhou nos anos sessenta.

Não terá sido a melhor exibição da época, mas foi muito conseguida e, acima de tudo, eficaz! Mais importante ainda, a equipa mostrou garra: mesmo depois de estar em posição de vantagem no marcador, nunca entrou em letargia, talvez contagiada pelo ambiente de festa, exercendo ao invés uma pressão cada vez mais alta e uma posição de ainda maior domínio!

A ajudar, viu-se a desejada "Mística" do glorioso!

E assim terminou este "derby" da capital, que culminou na contundente vitória do Benfica, por 4-0. Numa bela tarde de Domingo, apareceram os golos e apareceu Lisboa, o Tejo e tudo!

Saudações cativas.



04 setembro 2009

Ser ou não ser...

Eis a questão!

Será esta a equipa que vai jogar duas vezes melhor do que a do ano passado?

Depois do jogo com o Vitória de Setúbal, e da vitória categórico-esmagadora da passada 2ª feira, por uns significativos 8-1, muitos dirão, que já é. Dirão que esta equipa nada tem a ver com o passado e que joga muito mais e melhor... Uma fome que já deu em fartura!

Pessoalmente, permaneço com o cepticismo em níveis moderados. Obviamente, no encontro com o Setúbal, o Benfica rubricou uma exibição notável, sobretudo ao nível da eficácia de concretização, que encheu as medidas a qualquer benfiquista que se preze. O carrossel do Benfica foi constante e os sadinos viram-se a perder por 5-0 sem perceberem o que lhes tinha acontecido... Numa palavra, brilhante!

O resultado final foi quase histórico (há 15 anos que não se marcavam tantos golos num só jogo). No entanto, este resultado deve ser entendido numa óptica mais abrangente, recorrendo-se para tal à memória mais ou menos recente:

- O Vitória de Setúbal apresentou uma equipa (?) constituída por jogadores que mal se conhecem, fruto das experiências tardias do Sr. Carlos Azenha, que será um dos grandes responsáveis da derrota, quer pela manta de retalhos da sua equipa - claramente a mais atrasada da Liga em termos de preparação - quer pelas "inovações" tácticas que quis pôr em campo;

- Apenas um par de dias antes, o Benfica, apesar de se apresentar com uma equipa mais ou menos de 2º plano, não pode justificar a exibição sofrível para a Liga Europa frente aos ucranianos do Poltava, averbando a 1ª derrota oficial da época;

- Na semana anterior, todos sofremos a bom sofrer no encontro com o Vitória de Guimarães (equipa que ainda não conseguiu marcar qualquer golo em 3 jogos), e lá se acabou por conquistaros 3 pontos in extremis.

- Na época transacta, imediatamente antes do descalabro do último terço do campeonato, o Benfica foi aos Barreiros derrotar o Marítimo por uns assinaláveis 6-0... Como se viu, a exibição e o resultado então conseguidos não expressaram qualquer tipo de tendência positiva ou de dinâmica da equipa, antes pelo contrário! Neste caso concreto, recordo-me que a exibição nem foi assim tão espectacular quanto o resultado conseguido faria supor (a exibição frente ao Setúbal foi muito mais conseguida), mas à época, os adeptos ficaram igualmente deslumbrados e confiantes na equipa.

- Recuando ainda mais no tempo, há uns anos, nas competições europeias, o Benfica encaixou num jogo 7 golos do Celta de Vigo, uma equipa mediana da liga espanhola. Seria a equipa do Celta muito boa? Ou a do Benfica muito má? Penso que a resposta para ambas as questões é negativa. O resultado foi o que foi, porque há jogos assim, em que tudo corre pelo melhor a uma das equipas... Qual seria a moral dos jogadores do Setúbal para entrar em campo na 2ª parte do jogo? São jogos atípicos com resultados atípicos, dos quais não se devem extrapolar, a meu ver, grandes conclusões.

Em resumo, acredito que este será o ano... que esta será a equipa que vai conquistar o título de campeão nacional e que se pautará por uma maior consistência exibicional. Mas, qualitativamente, ainda não é a equipa de jogar (sempre) o dobro da época passada!...

"Rolos compressores" já não existem no futebol moderno: existe ou pode existir trabalho, humildade, disciplina, mas também alegria de jogar e a famosa mística!... para deixar no caminho, jogo após jogo, adversários vencidos!

Saudações cativas.

29 agosto 2009

O plantel para ganhar - as contratações de Jesus

Agora que foi contratado o 10º reforço da temporada e estamos quase no final do prazo para as inscrições é uma boa altura para fazermos uma análise daquilo que será o plantel para atacar o título (espero que não estejam reservadas surpresas para o último dia). Regra geral penso temos melhor plantel do que o ano anterior e temos também boas possibilidades de fazer um melhor onze que o ano transacto. No entanto temos algumas coisas com as quais não posso concordar.

Eu sou defensor de uma estrutura de futebol em que existe um director desportivo (ou outro qualquer responsável, para este efeito é irrelevante) que define um plantel, ao treinado cumpre-lhe a tarefa de treinar esses jogadores e tirar deles o melhor rendimento, não gosto que os treinadores façam exigências e tragam os seus amiguinhos, acho que isso é mau para o balneário, embora compreenda que possa em um ou outro caso ocorrer. No caso do Jorge Jesus, não consigo aceitar a contratação do Júlio César e do César Peixoto, e dificilmente consigo entender a contratação do Weldon.

Vamos então por partes:
- para mim só se contratam jogadores para titulares ou muito próximo disso (que joguem com regularidade ou que tenho enorme potencial), pelo que, seguindo esta regra, para se contratar um Guarda-redes tínhamos de contratar alguém com capacidade de entrar de caras na equipa, a alternativa seria dispensar sempre o Moretto e ficar com um guarda-redes das escolas (os jogos que vi do juniores deixaram-me mais ou menos tranquilo com o Pedro Miranda);

- sendo um jogador um recurso humano de um clube, há que contratar aqueles que dêem garantias de qualidade a diversos níveis, em primeiro lugar desportivas, e em segundo lugar humanas. Segundo estes critérios o Cesar Peixoto nunca, na minha opinião, deveria vestir a camisola do Benfica, é um jogador mediano que só joga melhor em condições muito especiais (embora eu até nem discuta muito este critério) e principalmente porque não aceito que um jogador que se recusou a jogar pelo clube que lhe paga o ordenado seja um bom profissional, e se podemos estar sempre sujeitos a que isto aconteça com qualquer jogador, com este temos a certeza que vai acontecer se algum dia quiser sair, e só isto é motivo para ficar indignado com esta contratação, porque por um lado contratámos um mau profissional e por outro porque nos colocámos ao mesmo nível de comportamento que o do Sr. Salvador que tanto criticámos. Em relação a este ponto, gostaria ainda de saber melhor o que se passou com o Luisão antes do jogo com o Poltava... se calhar colocámo-nos a jeito.

- por fim, em relação ao Weldon, tenho de dizer que tem sido uma surpresa positiva nos primeiros jogos, já ganhou créditos suficientes junto dos sócios para uns meses. No entanto é certamente uma contratação que não entendo, com Cardozo/Kerrison para uma posição e com Saviola/Nuno Gomes para a outra já no plantel (nem estou a contar com o Mantorras ou com o Nelson Oliveira que poderia vir do juniores em caso de catástrofe) como é que um treinador justifica a contratação de um outro avançado? Por muito barato que seja (e já foi claramente pago com os golos que marcou) não entendo muito bem uma politica desportiva que aceita a contratação de um "menino do treinador" para deixar sem jogar o nosso capitão (um dos jogadores mais bem pagos do plantel). Eu entendo que o Nuno Gomes possa não ser o sonho de todos os treinadores, mas ele já lá está, é importante no balneário e na minha opinião tem de jogar, porque um jogador que não joga fica cada vez pior e quando precisarem dele não serve para nada porque não tem ritmo de jogo, para além disso um treinador que não consegue tirar proveito de um jogador com a experiência do Nuno para ser um bom suplente então mais vale pedir a reforma porque não tem capacidades suficientes para treinar uma equipa como o Benfica. Tendo em consideração as respectivas diferenças de nível acham que o Nuno Gomes é assim tão mais fraco que o resto do plantel, o que dizer então de jogadores como Raúl, Inzaghi, Paolo Maldini, Paul Scholes, Ryan Giggs, Luís Figo, etc. As equipas precisam de referências em campo e o Benfica com as constantes mudanças ainda mais. Para concluir, estou a gostar do Weldon e já que veio, que seja bem vindo e que tenha a força de nos ajudar a ganhar o campeonato, mas espero mesmo que isto não seja o principio de uma época penosa para o Nuno Gomes.

No próximo post falarei dos outros reforços.

Sempre a subir

Não, não é a qualidade exibicional da equipa encarnada, mas antes as dificuldades sentidas de jogo para jogo para levar de vencida os adversários...

Desde o jogo inaugural da época frente ao Marítimo, mais três partidas tiveram lugar: duas com o mesmo adversário, o Vorskla Poltava, a contar para a Liga Europa, e outra com o Vitória de Guimarães, para o campeonato nacional.

Depois de em encontro (demasiado) desgastante com os maritimistas, seguiu-se assim um adversário perfeito: frágil, lento, desinspirado. Os ucranianos saíram da Luz com 4 golos sem resposta, num resultado que não espelhou no entanto uma exibição do Benfica de "rolo compressor"... O Benfica também entrou lento, mais lento que o que nos vinha acostumando, e só fruto da inspiração de alguns dos seus melhores intérpretes, conseguiu construir um resultado dilatado.

Mas o pior estava para vir... deslocação a Guimarães, adversário e terreno sempre difíceis para qualquer equipa... desta vem sem direito a homenagem ao malogrado Miklos Feher.

A equipa encarnada voltou a entrar em campo apática e por pouco não foi surpreendida pelos vimaranenses nos primeiros minutos da partida... Só com um grande esforço e com uma atitude digna de louvor foi possível chegar à vitória praticamente no último minuto do desafio, isto após mais alguns sobressaltos defensivos e após mais uma grande penalidade desperdiçada por Cardozo.

Na última 5ª feira, subiu ao relvado para a 2ª mão da eliminatória com o Poltava uma equipa B (mas não muito) do emblema da águia... alguns estreantes na equipa, David Luiz de novo à esquerda (e pouco feliz) e um novo velho lateral direito que não havia deixado saudades, ele mesmo, Luís Filipe, um dos jogadores mais desastrados a envergar o equipamento encarnado.
Mesmo assim, esta equipa B tinha obrigação de fazer mais. O jogo terminou com uma derrota por 2-1 perante este modesto adversário. O mais preocupante, o facto de mais uma vez, a equipa não ter correspondido, quer em termos de qualidade, quer em termos de entrega ao jogo.

Pode-se dizer que o resultado era irrelevante, que a eliminatória estava ganha, que estavam demasiados suplentes em campo... mas a questão é: teria o FCP, nas mesmas circunstâncias, perdido este encontro?

Está claro que, se o Benfica quer ir mais além esta época, disputando o título nacional e restantes competições em que está envolvido, há ainda muitas coisas a melhorar. Para começar dois aspectos fundamentais:

1) Todos os jogos devem ser encarados como finais, em que apenas um resultado é admissível - a vitória! Para empolgar a equipa, os adeptos, os jogadores, e criar uma verdadeira dinâmica de vitória não pode haver tropeções como este.

2) O Benfica está melhor, joga um futebol mais bonito e eficaz, mas terá que reaprender outra forma de jogar a utilizar frente às equipas ditas pequenas. Um modelo de jogo que permita inventar espaços que não existem e que permita voltar a ver as combinações ofensivas que deslumbraram durante a pré-época.

A verdade é que, de jogo para jogo, se tem notado uma quebra da equipa, quer ao nível da pressão defensiva sobre os seus adversários, quer no capítulo das movimentações ofensivas e entendimento colectivo... Poderá ser um sinal de cansaço, mas a época é demasiado longa para a equipa começar a padecer deste mal... logo à segunda jornada.

Segunda-feira, espera-se que sejam visíveis os resultados do descanso concedido a algumas das pedras fundamentais da equipa.

Saudações cativas.

24 agosto 2009

Benfica 09/10: a época que promete...

... sofrimento.

Vou começar esta minha análise com uma declaração de interesses, não gosto do Jorge Jesus, não é o tipo de treinador que goste de ver à frente do Benfica e não ache que seja assim tão bom treinador, a comparação com Mourinho é completamente absurda, do meu ponto de vista.

Posto isto quero dizer que fiquei muito impressionado com a pré-época e que, como qualquer benfiquista achei que, de facto, as melhorias de atitude face ao ano anterior eram mais que muitas. Mas como quando não tenho uma boa imagem de alguém preciso de muito tempo até mudar de opinião, refreei os meus ânimos de vir para aqui dizer bem do Jesus e esperei pelos primeiro jogos oficiais. Infelizmente tinha razão e os desapontamentos começaram. A equipa joga muito melhor do que na época anterior mas não corresponde minimamente às expectativas criadas. Onde está a equipa que pressiona o portador da bola logo à saída da área? Onde está a equipa que joga ao primeiro/segundo toque e que se movimenta em bloco para dar linhas de passe ao portador da bola? Onde está o Losango com os laterais muito ofensivos e que criam desequilíbrios? A minha esperança é de que isto seja apenas o resultado do esforço físico do início e que daqui a uns jogos a forma física volte e tudo isto volte à forma inicial.

Depois destes 3 jogos oficiais vou então fazer os meus comentários mais em concreto sobre os jogos e sobre o plantel nos próximos posts.

17 agosto 2009

Cartão Azul

O título desta "crónica" esteve para ser "O respeitinho é muito bonito". Mas no final do jogo de ontem, depois do empate arrancado a ferros pelo reforço (que é reforço) Weldon, o sentimento que se destacou entre as hostes benfiquistas foi mesmo o de raiva contra o anti-jogo praticado pela formação madeirense.

Apesar de não ser bonito, não se pode recriminar um treinador de uma equipa como o Marítimo, que reconhece a superioridade do Benfica, e que por isso adopta uma táctica hiper-defensiva, apostando apenas na velocidade de 1 ou 2 homens para tentar chegar perto da baliza encarnada.

E como o "respeitinho é muito bonito", foi bonito ontem ver que, ao contrário da época passada, os madeirenses entraram em campo com "medo" do Benfica. Não pretenderam assumir o jogo, porque sabiam não ter argumentos para o fazer, nem sequer para o discutir de igual para igual em determinados períodos.

Em muitas ocasiões, nas últimas épocas, os adeptos do Benfica tiveram que assistir em pleno Estádio da Luz, a equipas atrevidas que pegavam no jogo e manietavam os encarnados (por vezes poderia mesmo haver dúvidas sobre quem estaria a jogar em casa, sobre qual seria afinal, em teoria, a equipa eterna candidata ao título nacional). Essa passividade encarnada desapareceu, e ontem, mesmo durante a primeira parte, na qual o Benfica teve mais dificuldades em jogar, as estatísticas não mentem... a única equipa que procurou o golo foi a encarnada, uma posse de bola esmagadora (cerca de 75%) e, apesar da exibição mais pálida, pelo menos duas oportunidades claras de golo (remate à barra de Aimar na sequência de um livre e remate cruzado da esquerda de Di Maria a obrigar a uma das inúmeras boas defesas do guardião maritimista).

Ontem não, o Marítimo não foi audaz, nem tinha que o ser... Limitou-se a cerrar fileiras e a defender com 11, em 40 metros de terreno. E nestas circunstâncias, caberá sempre ao Benfica conseguir desmontar este tipo de estratégia e encontrar espaço onde ele aparentemente não exista... especialmente agora que todos parecem respeitar o clube da águia!

O que já não é aceitável, são as práticas correntes de "queimar tempo". Os jogadores do Marítimo passaram minutos e minutos no chão: pseudo-lesões, cãibras, choques aparatosos, dores no ombro que nem sequer havia sido o atingido na sequência de uma pretensa falta dos encarnados, reposições da bola em jogo que tardavam sempre mais de meio minuto...

Um espectáculo lamentável, apenas visto nos campos portugueses. Protegido pelos árbitros e pela imprensa, que durante grande parte do jogo teve o descaramento de enaltecer a qualidade da equipa do Marítimo e até a sua experiência e matreirice na forma como encarou os lances... Talvez se trate de uma questão cultural, mas quando se fala de proteger o futebol espectáculo e a verdade desportiva, urge combater estas situações. Implacavelmente.

Várias opções se levantam para abordar este problema:

1) Manter tudo como está e apostar na capacidade do juiz da partida de avaliar quanto tempo útil se perde nestas situações... Claramente não resulta... raramente o tempo extra ultrapassa os 4 ou 5 minutos, claramente escasso para compensar o tempo perdido;

2) Revolucionar o jogo e adoptar como referência o tempo útil. A duração do encontro seria diminuída (25 minutos cada parte?) e o relógio deveria parar sempre que a bola não esteja em jogo. Esta solução teria implicações profundas em termos tácticos e em termos de cultura de jogo.

3) Os jogadores, com permissão do árbitro, são assistidos pelas respectivas equipas médicas e o jogo continua a decorrer normalmente. Esta opção tem um grande ponto contra, tendo em conta que poderá beneficiar o infractor (a equipa que comete a falta, acaba por estar temporariamente em vantagem numérica).

4) Implementar o "Cartão Azul". Há alguns anos atrás, no hóquei em patins, a um jogador que cometesse uma falta mais grave, era-lhe exibido o cartão azul, sendo excluído do jogo por um período de 2 minutos, ficando a equipa respectiva com menos um jogador em campo. Aqui o princípio seria distinto e poderia ter dupla aplicação... um jogador ao cometer uma falta passível de admoestação por cartão amarelo, seria forçado a sair de campo por um período de 5 minutos. Esta medida talvez reduzisse o ímpeto excessivo de alguns jogadores na sua abordagem aos lances. Pelo contrário, um jogador lesionado (ou que simule uma lesão), após interrupção do jogo seria de imediato retirado das 4 linhas e teria obrigatoriamente que permanecer fora do jogo durante 2 minutos. Nos casos em que um jogador esteja efectivamente lesionado, 2 minutos é o tempo óptimo para se conseguir refazer da dita lesão (por seu lado, o adversário que o lesionou, provavelmente também estará de fora, caso tenha sido admoestado com o cartão amarelo ou caso tenha sido menos correcto). Caso se tratasse de uma simulação em que as pseudo-lesões ocorrem ao mínimo toque, a saída obrigatória durante 2 minutos acabaria por prejudicar a própria equipa, que se veria em situação de inferioridade numérica. Esta dupla medida não teria qualquer impacto sobre o desenrolar normal do jogo e acabaria com muitos dos tempos mortos a que se assiste no futebol português, eliminando as práticas de anti-jogo gritante. A única situação de excepção seria a dos guarda-redes, muito mais facilmente controlável pelo árbitro do jogo, e por todos os que estejam a assistir à partida.

Declaro aberta a guerra ao anti-jogo!

Do jogo de ontem, ressalta ainda a força anímica da equipa do Benfica, que, pela primeira vez em situação (injusta) de desvantagem lutou e acreditou sempre, "massacrando" o adversário que só com muita sorte conseguiu sair da Luz com um empate.

Um início de época que, noutros anos e na língua de Cervantes, se poderia dizer, começa com "muita ilusão", como atesta a praticamente casa cheia ontem na Luz, com cerca de 55.000 pessoas vestidas de vermelho a empurrar as águias para a vitória. Uma primeira jornada em que os 3 grandes empataram. FCP e SCP tiveram a sorte do seu lado para chegarem ao empate nas respectivas partidas, o Benfica a "maldição" de não se conseguir desde já adiantar e, ao contrário dos adversários, com manifesta falta de sorte neste seu jogo de estreia.

Quinta-feira há Liga Europa (ou se se preferir, Taça UEFA) contra um adversário de nome impronunciável...

Força Benfica!

Saudações cativas.

12 agosto 2009

Novas Esperanças

Na semana em que termina a pré-época ou, se preferirem, em que começa esta nova época desportiva, é tempo de novas esperanças para os benfiquistas.



Um número recorde de jogos amigáveis e de "títulos" menores em vários torneios por essa Europa fora, mas acima de tudo, o prazer de ver algo que não se via há muito (o Benfica a praticar um futebol incisivo, alegre, bonito e não menos eficaz), levaram a equipa e o seu treinador a um "estado de graça"!



O maior risco, o deslumbramento, sem que nada se tenha ainda efectivamente ganho... Mas seja como for, é muito gratificante perceber que este ano, as outras equipas (incluindo FCP e SCP) têm um novo sentir sobre os encarnados: Temor! E é este "pânico" que importa espalhar ao longo da época, jogo após jogo, campo após campo!



Confesso que não era um admirador incondicional do novo treinador encarnado... e continuo a não ser. Por agora, no entanto, contra factos não há argumentos, apesar de alguns reforços de peso, a verdade é que a estrutura da equipa actual acaba por não ser muito diferente da da época passada.



A pequena grande diferença é que se joga muito mais e melhor... talvez não o anunciado dobro... mas resta saber se esta promessa de JJ se referia a jogar o dobro do que a equipa jogou a época passada contra o Nápoles (vai ser difícil) ou face à média sofrível que pautava o desenrolar de jogos, especialmente no final da temporada, em que o Benfica se arrastou penosamente até ao final do campeonato.



Em conclusão, está concedido o benefício da dúvida!... devidamente suportado pelas opções acertadas do novo técnico, pelas boas exibições e pelos bons resultados até agora alcançados!



Para este ano, fica a aposta pessoal na melhor equipa tipo:



Moreira, Maxi, Luisão, Sidnei, César Peixoto, Javi Garcia, Di Maria, Ramires, Aimar, Saviola, Cardozo.



Domingo "anda à roda", contra a sempre complicada equipa do Marítimo! Força Benfica!



Saudações cativas.



PS - Faz hoje 25 anos que Carlos Lopes conquistou a medalha de ouro da maratona, nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984... e eu lembro-me de estar a assistir!... Como passa rápido!

02 julho 2009

O regresso da esperança

Como nenhum de nós gosta de se massacrar assim tanto a fase final da época passada foi passada um pouco em banho maria. Não temos espiríto de assobiar a equipa pelo que mais vale estar calado do que massacrar ainda mais.

Finda a época queria deixar apenas umas notas:
- a época foi uma desilusão;
- não concordo com o afastamento do Quique, apesar do mau desempenho aqui e ali, sou defensor que se deve dar tempo aos treinadores e aos jogadores, algo que nunca se faz no Benfica;
- não gosto do Jesus, e mesmo que venha a ganhar preferia um treinador com outro perfil.

Vamos então dar início à nova época que, esperamos, nos traga algumas alegrias (mais tarde falarei sobre as minhas espectativas).

Para começar a época nada melhor do que eleições. Nunca votei, não estava a pensar em votar mas depois destas confusões todas, vou votar no LFV só para marcar posição contra o "Vale e Azevedo" que chegou de avião vindo do Norte. Acho o tipo um palhaço e mesmo discordando de algumas atitudes do LFV (por exemplo o antecipar das eleições), acho-o com muito mais capacidade para nos trazer de volta às victórias, pelo menos já percorremos boa parte do caminho, falta só não morrer na praia.

21 fevereiro 2009

Nacionalismo bacoco

O senhor Luís Milhano escreveu na edição de segunda-feira do "pasquim recordista" um artigo acerca de umas declarações do Futre acerca das suas preferências para o resultado do jogo do Atlético de Madrid com o Porto.

Dando uma no cravo outra na ferradura, o senhor Luís lá vai dando eco da celeuma que as declarações do Futre causaram (ainda não percebi em quem) pois ele afirmou que gostaria que o Atlético passasse...

Quando leio comentários destes só me vem à ideia a expressão "Nacionalismo Bacoco", que é uma forma educada de dizer "Nacionalismo de Merda". Como é que se pode avaliar o caracter de uma pessoa pelas preferências clubisticas? Como é que se pode colocar em causa a integridade de uma pessoa apenas porque manifestou apoio a uma entidade à qual esteve ligado nos mais importantes anos da sua vida?

Não quero aqui fazer de advogado de defesa do Futre, até porque nem conheço o senhor. Tenho por ele um grande respeito pelo grande jogador que foi, e nada mais. Incomoda-me é a forma leviana como jornalistas abordam estes temas, embora não me surpreendam, são os jornalistas que temos, basta ver/ler/ouvir um jogo da selecção para perceber os Nacionalistas de Merda que temos de caneta em punho por este país.

Quem me conhece, sabe que apenas sou Benfiquista, estou-me a borrifar para as vitórias e derrotas dos nossos adversários, por exemplo, enquanto o Porto seguir à nossa frente, quero sempre que perca, depois disso estou-me nas tintas, seja qual for o adversário, neste momento do Sporting só me interessa o resultado do próximo fim de semana, depois disso, como vamos ganhar, passam a ser tão importantes para mim como o Portimonense. E esta é a minha abordagem do futebol, e cada vez mais clubista e menos nacional (cada vez me identifico menos com a Selecção).

23 janeiro 2009

Convalescença

Arbitragens à parte (cada vez acredito mais na incompetência dos árbitros em Portugal, contrariamente às estatísticas "oficiais"), o Benfica está em convalescença...

Uma recuperação difícil, sofrida minuto a minuto, com 4 vitórias em igual número de jogos.

Facto relevante, a solidariedade da equipa... em alta! Pelo contrário, a qualidade do futebol praticado ainda deixa bastante a desejar, pelo menos pelos padrões que enchem as medidas a um benfiquista médio.

Após interregno forçado, este espaço voltará à actividade regular, acompanhado das próximas vitórias do glorioso!

A seguir... Belém!

Saudações cativas.