15 abril 2008

Tragicomédia em 3 actos

O palco... o Estádio da Luz.
Os artistas... os do costume.
O público... os resistentes.

O que aconteceu na passada 6ª feira passou muito ao lado do que é um jogo de futebol. Tratou-se sim de uma encenação de uma tragédia, com traços de comédia, em 3 actos:

1º acto: Luisão faz a abertura para o avançado da Académica marcar o 1º golo;
2º acto: Após falta infantil de Léo no limite da grande área, Nuno Gomes ajeita a cabeça do adversário para que este acerte na bola com convicção e a empurre para o fundo das redes pela segunda vez;
3º acto: Nélson, em gesto circense, deixa-se enrolar no relvado com espectacularidade enquanto o jogador academista conduz a bola até à grande área do Benfica... um momento de hesitação, um compasso de espera... o lance perdido?... Não!... Katsouranis, Petit e Luisão "caiem" em cima do adversário com a bola deixando um jogador nas costas completamente livre... O passe sai, não sem antes tabelar nos 3 atarantados defesas, e a bola só morre já na baliza à guarda de Quim!

O mais incrível é que não se pode dizer que o Benfica jogou mal! Em condições normais, a produção ofensiva demonstrada, descontando o efeito do nervosismo e precipitações de quem entra a perder no jogo, seria suficiente para ganhar a partida tranquilamente...

O problema passou por terem sido cometidos erros defensivos que já não se vêm em competição (e não estou a falar de alta competição...). Os jogadores pareciam simplesmeste hipnotizados e os erros incríveis sucederam-se ao longo do jogo.

Os culpados?

1) Fernando Chalana: aposta numa táctica sem norte que acabou por ter que ser corrigida a meio da primeira parte com a substituição de Bynia;
2) A defesa: Luisão e Katsouranis com desentendimentos constantes, com trocas de lado incompreensíveis no eixo da defesa, como se não se conhecessem, como se nunca tivessem jogado juntos.
3) Toda a formação defensiva... hipnotizada (é a melhor descrição que consigo).
4) O árbitro!... Só porque sim! (é claro que o árbitro não teve nada que ver com a derrota, mas na minha opinião, nunca tem ou nunca deve ter, isto porque o jogo jogado deve ser suficiente para compensar erros ou omissões dos homens de negro).

Tenho pena deste período final da época não começar com a desejada vitória incontestada, com atitude, bom futebol e sem polémicas com a arbitragem...

Especiais sim, mas pela negativa.

Agora, pouco resta a fazer... Antevejo uma semana muito dura, que quando acabar pode bem corresponder ao fim da época para o Benfica...

Saudações cativas.

(nota 2/10 para a vergonha de 6ª à noite).

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