28 janeiro 2008

Fim-de-semana de ilusões!

Sábado à noite… tudo preparado para o jogo mais importante da jornada (pelo menos de acordo com as palavras do treinador do Vitória de Guimarães, MC) e, à hora de início, ainda deambulava pelas ruas a tentar correr para não perder os primeiros pontapés na bola…

Foi escusado… o remate vitorioso de Cardozo, já só o consegui “ver” pela rádio (e claro mais tarde, nas suas múltiplas repetições) … e que grande remate!

Depois de um início de 2008 muito difícil, com exibições no mínimo muito más, quando parecia que já não havia nada a fazer, na “última” oportunidade… o Benfica regressou! E que simples foi. Correr mais, pressionar desde a grande área adversária e contar com a inspiração dos (bons) intérpretes que temos, foram os ingredientes bastantes para fazer uma receita simples para as vitórias. Resta saber, porque não será sempre assim?

O jogo em si, não foi um hino ao futebol, tal como a exibição da equipa do Benfica, mas pelo menos houve jogo e houve empenho, no fundo o que se exige!

O “palco” estava preparado e a casa cheia reclamava o estatuto de “4º grande” para o Vitória (a par de outros como o Braga, o Boavista, o Belenenses e até mesmo o Vitória de Setúbal). Faltam-nos mais equipas destas, equipas com vida própria, com massa adepta e não apenas fruto de investimentos mais ou menos megalómanos e não sustentáveis. Fica aqui o meu respeito e admiração pelo Vitória de Guimarães que bem recentemente e de forma injusta, penou pelos campos da II Liga.

Voltando ao jogo, e uma vez que não se pretende fazer aqui uma descrição exaustiva do mesmo, resta apontar a fria eficácia benfiquista (a fazer lembrar uma qualquer “cínica” equipa transalpina) que contrastou com a dança calorosa dos sul-americanos do Benfica, especialmente a de Di Maria, que protagonizou a mais bonita jogada do encontro ao passar por um adversário junto à linha de fundo, colocando magistralmente a bola para Maxi que só teve mesmo que "encostar"... Sendo um jogador muito jovem e normalmente muito individualista, seria muito bom que compreendesse que a inteligência que demonstrou nesse lance, se repetida amiúde, fará dele um fenómeno que neste momento não é. Esperemos que alguém pegue no “miúdo” e o ajude também a crescer.

Finalmente, os homens do jogo:

No sentido positivo, o meu voto recai em Óscar Cardozo. Dois golos, o primeiro, um grande remate e o segundo, pleno de oportunidade e concentração, características fundamentais de qualquer ponta de lança, que podem passar grande parte do tempo “ao lado” do jogo, mas que no momento da verdade têm que corresponder. Foi ainda bom ver este “gigante” a correr e a lutar, apesar de mais uma vez solitário na frente de ataque (por opção ou capricho de Camacho) … parece que as pernas lhe pesam agora menos e certamente correu muitos km no Sábado à noite.

O prémio de “lata” vai mais uma vez para Luís Filipe… lento, desconcentrado e permissivo. Felizmente, após o 2-1, o técnico vimaranense, na ânsia de tentar chegar ao empate fazendo entrar mais um avançado, acabou por aliviar a carga sobre o flanco direito do Benfica. Em resumo, um “passe” para o golo do Vitória, um atraso comprometedor para Quim e a forma como foi batido por um adversário logo no início da partida, são momentos ilustrativos da sua exibição. É certo que em algumas ocasiões cumpriu a sua missão, mas o defesa direito titular do Benfica tem que ser mais que isto.

No Domingo à noite, sem stress para os benfiquistas, decorreu o clássico SCP-FCP. Confesso que embora racionalmente pretendesse que a vitória caísse para os homens do Norte, emocionalmente e ainda com aquela pequena esperança em chegar à frente, esperava que o SCP de superasse… e seja como for, ver a bola entrar na baliza “azul” dá sempre um prazer muito especial (quer dizer, na “verde”… também!) … bom, sem mais comentários!

De regresso a Guimarães, quem assistiu àquele encontro, não pode deixar de lembrar o rosto sorridente de um jovem… cheio de ilusões… como aquelas que este fim-de-semana permitiram continuar a alimentar o sonho dos benfiquistas. Até sempre Miklos, vêmo-nos no campo.

Saudações cativas!

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